terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Os Cantores

Onde sempre reinou tristeza,
Sonhou em ser feliz.
Sonhava em ser cantor
Quando a única coisa que cantava
Era o estralo do chicote.
Vivia na guerra,
Enquanto tinha sonhos de paz.
Vivia preso,
Enquanto tomavam seus sonhos de liberdade.

Onde nunca reinou felicidade,
Ele cantava na tristeza,
No compasso dos estralos
Que faziam jorrar sangue como na guerra.
Era preso, mas sonhava com a paz e liberdade para todos.

Onde sempre reinou tristeza,
Nasceu a revolta.
Na revoltam, nasceram os cantos da rebeldia.
O chicote silenciou-se perante sua voz,
Que cantava as verdades escondidas.
Não deixou seus sonhos de lado
E passou a lutar pela paz.
Tomou devolta seus sonhos de liberdade.
O sangue que jorrava cultivou seus companheiros,
E nasceram cantores por todos os lados.

Cantos de liberdade que não cessam!
Vermelho sangue, cor da bandeira da liberdade!
Cantos contagiantes,
Sonhos inabaláveis,
Hinos de dor e de luta
Na realidade reconstruída!
Desejos insaciáveis pela vitória,
Música que ecoa até o futuro.
Cantos da união!

-Elvio Fernandes - 2009

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