domingo, 5 de junho de 2011

A hora da máquina dos cinco sentidos

“Caminhando contra o vento,sem lenço,sem documento...”,como diz a música do compositor Caetano Veloso,oferecendo a oportunidade de interpretá-la,entendemos que: a humanidade vive numa constante corrida incoerente às voltas do relógio.
A pressa;tudo gira em volta dela. Não existir trânsito e filas seria um “universo” completamente idealizado,sinônimo de perfeição.
São feitos atos simples e agradáveis com um mesmo ritmo: correndo. O ser humano está apto a ser célere,independente do lugar,da hora e da ocasião,verifica inevitavelmente o objeto de pulso indicando um minuto a mais que se passou.
Não é difícil provar isso. Desde o Capitalismo Comercial,Caravelas Portuguesas ganhavam novas formas e técnicas para concluir uma viagem mais rapidamente,chegar às terras desconhecidas,expandir suas culturas e explorar o território alheio,pois o tempo estava e está diretamente ligado ao desejo do homem na obtenção de lucro.
O indivíduo hoje,vive no “piloto automático”,acelerando cada vez mais,alcançando uma velocidade maior que o esperado. Até quando a “máquina dos cinco sentidos” pode aguentar?
A possibilidade para acalmar a agitação da vida seria deixando as preocupações de lado,esquecendo aos poucos a rapidez do cotidiano,organizando e arquitetando as principais necessidades, desvalorizando assim o tempo que todos gastam com inutilidades e aproveitando o que realmente importa: a nossa existência.


Por: Érica Casto

sábado, 28 de maio de 2011

Uma boa invenção




Créditos: Érica Casto

terça-feira, 22 de março de 2011

LIBERDADE DE EXPRESSÃO - DEIXA EU FALAR, FILHO DA PUTA!

Nós temos famílias.
Nós temos filhos pra criar.
Nós não temos uma alimentação básica.
Nós não temos uma saúde básica.
Nós não temos educação de qualidade.
Nós trabalhamos 8 horas diárias e
7 horas do nosso salário vão para as mãos do burguês.
Nós trabalhamos 16 horas e não temos nem almoço.
Nós passamos frio, nós tomamos chuva.
Nós ficamos doentes em suas empresas vagabundas.
Nós não sabemos o que é descanso.
Nós servimos o café pra você.
Nós que tiramos o teu lixo.
Nós limpamos a tua merda.
E ainda somos tirados por vândalos, ladrões e vagabundos?
O que te faz pensar que tem mais valor que nós?
Sapos não foram feitos para serem engolidos.
Pouco me importa se você não gosta da nossa cor
ou do Che Guevara,
porque somos nós que levamos porrada na cara.
Estamos aqui e não vamos sair.
Estamos lutando pelo que é nosso por direito.
Você acha ,só porque Jesus morreu numa cruz,
nós também temos que morrer?
A sua Justiça só serve pra nos manter na rédea,
na lei do calado, lei do mais forte
ou aceita ser explorado ou é ameaçado de morte.
Pois nós não aceitamos ser enquadrados no teu sistema,
nós não aceitamos ser divididos em classes.
Nós estamos lutamos pelo que é nosso por direito!
Nós somos a maioria e nós vamos nos levantar.
Estado maldito que esmaga o oprimido.
Nas escolas ensinam, n
a televisão ensina ilusões e ilusões,
como o explorado se torna explorador.
Mentiras e mentiras ,meias verdades e calúnias
sobre um povo que sofre todos os dias nas situações mais precárias do mundo...
Querem nos calar, querem nos massacrar?
Pouco nos importa se você não levanta nossa bandeira ou não aceita a nossa origem.
Porque quem leva cacetada na cabeça somos nós.
Pouco nos importa tua ganância por terras.
Queremos o que é nosso por direito.
Pouco nos importa o quão conservador você é.
Queremos a nossa liberdade
e temos total direito a ela.
Você acha que está tudo certo e equilibrado em um país que é a oitava economia mundial
e há mais de 50 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza?
Isso você não leu na sua revistinha, não é?
Porque quem passa na pele somos nós.
Porque são nossas crianças que são abusadas nas tuas empresas
enquanto teu filho dorme.
É o nosso filho que é drogado e marginal e deve ser preso
enquanto o teu filho é "uma questão de saúde pública".
São os nossos inocentes que são presos em flagrante
enquanto os teus culpados são absolvidos.
Somos nós que produzimos pra vocês.
Somos nós que trabalhamos.
Somos nós que sofremos.
Somos chamados de ladrões por querer o que é nosso.
Devemos ocupar sim e resistir até o fim.

PODER AO POVO!
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Cortai o mal pela raíz e nenhum de nossos protestos sejam em vão.

Francyne R. - Grande amiga e poetisa da zona sul de SP.