Canções da vida

Não é engraçado como uma música pode definir uma pessoa? Já reparou que estilos de vida, na maioria das vezes, estão estritamente ligados aos estilos musicais? Como exemplo clássico, o Reggae, no qual a maior parte do pessoal faz artesanato, têm uns rastafáris e usam roupas “estilo jamaicano”. Outro exemplo é o Reavy-Metal com suas calças de couro tão minúsculas que fazem o vocalista afinar o gogó na hora de cantar. Temos também o grande fenômeno do momento, sim meus amigos, falo dele, o Funk, com seus “moleques piranhas” e suas “novinhas”. Temos os “Moda de Viola”, que gostam de Vitor e Léo. Tem a galera das “raves” que adoram Psy, Eletro, Tecno e os estilos de dance não sei lá das quantas.
E depois desses e dos outros estilos musicais, ainda vêm o eclético que... Bom, os ecléticos são um caso a parte, pois, você chega a uma pessoa e pergunta:

- Que tipo de musica você ouve?
- Ah, eu sou bem eclético, sabe?!
- Hum...

Ou seja, o “filho da mãe” te deu a resposta mais vaga de todas. E quando continua a conversa:

- E você? O que curte?
- Bom eu gosto de Calypso.
- Nossa! Tudo menos Calypso!

Cara! Ele não tinha falado que é eclético?
Vamos ver o significado desta palavra. Eclético; pessoa que gosta de tudo. Leu bem? TUDO, ou seja, ele deveria ouvir tudo, mais este ser afirma que não gosta de Calypso?! Como assim?! Não dá para entender.

Em outro momento, a música também tem um significado especial na vida de cada pessoa. Ela consegue marcar momentos inesquecíveis, ou, muito esquecíveis. Quem já não se pegou ouvindo aquela letra que tocou no fundo de seu coração e lembrou-se de velhos tempos de infância? Ou daquela que faz lembrar-se do (a) menino (a) que o senhor (a) leitor (a) era apaixonado? Está ai outro caso clássico em que o humor está relacionado com a música. Exemplo: Fim de relacionamento, você pegou seu namorado (a) na cama com outra pessoa. Ai vem à raiva, aquela vontade de matar, esganar, trucidar e fazer outras perversidades com qualquer um que cruze seu caminho. Música que você ouve? Aquele rock paulera, punk, metal, tudo é claro para criar coragem e partir para a agressão verbal ou até mesmo física.

Mas, o mundo dá voltas, os dias se passam, e o sentimento de revolta e raiva de antes começa a dar lugar ao famoso vamos nos dar mais uma chance, ou seja, o famoso sentimento de “corno manso” (claro, nada contra, cada um enfeita a cabeça do jeito que achar necessário), e se começa a ouvir uma música melancólica, que fala de amor, e que a glicose no sangue chega fica alta só de ouvir; o Pagode.

Esse sim é um problema, por que não só te afeta, mas afeta quem está a sua volta, ou seja, sua mãe já não agüenta mais ver você chorar, se descabelar, e cantar as musicas de grupos consagrados como: Katinguelê, Exaltasamba, Jeito Moleque, Sorriso Maroto entre outros. O ser então começa a fazer uma coisa que qualquer pessoa em seu estado normal não é capaz de fazer, ele consegue prestar atenção no que o cara está cantando, e o pior ela filosofa a bendita letra. Só que isso é só o começo do problema, por que a partir daí vem àquela música que a pessoa se identifica, e fica ouvindo sem parar até que o CD estrague. Não contente ela ainda solta a temida frase:
- Pô meu, essa canção foi feita pra mim.

Bom, falar o que, né? O jeito mesmo é ouvir o meu CD duplo do Belo.



Por: R.R.